Esbarrei na notícia “Converse traz a SP mural que purifica ar e equivale a 750 árvores; entenda“.
Uma pena que:
- Não faz sombra,
- Não abriga fauna,
- Não gera alimento,
- Não ajuda na poluição sonora,
- Não ajuda na ciclo hídrico…
Como ação de marketing talvez seja ok. Como ação de sustentabilidade eu já acho que não.
Fui pesquisar e vi que o componente ativo é dióxido de titânio pela notícia desse projeto na Polônia: Smog-eating mural goes up on Warsaw wall.
Uma empresa que faz essa tinta explica: TiO2 (dióxido de titânio) + a luz do sol (radiação UV) faz a quebra (fotocatálise) de dióxido de nitrogênio (NO2) em nitrato (NO3–) que é menos prejudicial fala tb q TiO2 não se degrada no processo e dura mto.
Em 2016, especialistas falavam que a efetividade de superfícies (parede, asfalto …) com TiO2 não fariam muita coisa, já que uma superfície parada não tem muito potencial de entrar em contato com um grande volume de ar. Em 2017, um estudo mostrou que há a possiblidade dessa tinta fazer mal liberando VOCs (compostos orgânicos voláteis).
Ainda rola umas tretas na União Europeia sobre o TiO2. Quando inalado o pó de TiO2 tem potencial carcinogênico (câncer) e o lobby dos produtores de TiO2 (especialmente das empresas de tinta) não quer que o rótulo tenha indicação dos riscos do produto.
Agora não me parece mais nem uma ação meia boca, mas uma péssima ação. Apostaria que as empresas de tinta devem estar apoiando a converse fornecendo tintas que talvez estejam encalhadas na Europa. E continuam usando esse greenwashing aqui no Brasil.
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